terça-feira, 20 de julho de 2010

POPULAÇÃO NA AMÉRICA ESPANHOLA

A população que formou a América espanhola compunha-se de três elementos: nativos indígenas,  espanhóis e descendentes de espanhóis já estabelecidos na América. Essa hierarquia social determinou seu encaminhamento político.

Chapetones:
Espanhóis asseguravam para SI os altos cargos políticos e eclesiásticos.
Enviados da Espanha para ocupar função especial na América, defendiam a manutenção do
sistema colonial dependente da metrópole.

Criollos:
Compunham a maioria branca e eram descendentes de espanhóis que se estabeleceram na América.
Como elite econômica, dominavam a maior parte das riquezas e dos recursos intelectuais, que
passariam a contestar os privilégios da metrópole. Ricos, porém, sem autonomia política.

Mestiços:
Filhos de índios com espanhóis, constituíam grande parcela da população, apesar de se manter
em completamente afastados das decisões políticas sob domínio da elite branca.

Os índios, a maioria da população, eram *explorados nas minas de prata e na agricultura.A presença dos negros não foi tão marcante quanto na América portuguesa. O uso da mão-de-obra de origem africana concentrou-se na região das Antilhas onde se desenvolveu o sistema de **plantation. O processo de emancipação pOlítica da América espanhola teve origem nas contradições entre criollos e chapetones. Aqueles desejavam autonomia política e econômica da metrópole, ou seja, negociar com quem pagasse melhor, e não ficarem atrelados ao Pacto Colonial, que os obrigava a comercializar só com a Espanha. Apenas os chapetones legítimos representavam a Espanha, desfrutando de privilégios. As classes populares, a maioria da população, permaneciam excluídas de seus direitos. Responsáveis pelo sucesso das revoltas, foram consideradas apenas como força de guerra. Não tiveram suas necessidades atendiddas, característica do processo de independência que marcaria o futuro das nações latino-americanas. De um lado, hvia peqwuena porcentagem da população extremamente rica, e , de outro, a massa de excluídos sociais que passavam fome, analfbeta, à margem das riquezas a que tinha direito, pelo muito que trabalhava.

*A exploração das populações nativas se dava pela encomenda (uma espécie de escravidão, **Colonização baseada na exploração das riquezas e da mão-de-obra escrava, do latifúndio (grande propridade) e da monocultura (produção de um único produto para a exportação).
consistia no trabalho coletivo da comunidade indígena concedido a um particular europeu).
A mita era de origem inca e representava a obrigação do trabalho dos índios por baixíssimos
salários.

AS COLÔNIAS ESPANHOLAS NA AMÉRICA

*América Latina engloba países de língua espanhola e um de língua portuguesa, O Brasil. No período colonial, a divisão política da América era diferente da atual.
A Espanha dividiu seu império americano em vice-reinados e capitanias gerais, como indica o mapa:


A descoberta das minas de prata de Potosi, no Vice-Reino do Peru, determinou a ocupação do território. Assim, as regiões que possuíam minas de ouro ou prata eram sustentadas por capitanias que fornecim alimentos, tecidos e animais de tração.

Trabalhadores de uma mina en Potosí (Perú)


* América Latina : Básicamente a America Latina servia, no século XIX, para designar os países na América que falavam l[ínguas de origem latina. No século XX, o termo passou a desgmar os países menos desenvolvidos da América, conotação de países subdesenvolvidos e com graves problemas sociais.
Imagem: Net

segunda-feira, 19 de julho de 2010

TEMPOS DE GUERRA ( EUA)

À medida que se acirrou o confronto das colônias com a metrópole, a vida cotidiana dos americans passou por grandes alterções. Muitos homens da fronteira passaram a integrar as milícias de patriotas, deixando suas roças ao cuidado de suas mulheres e seus filhos pequenos. Parte dos proprietários (patriotas) limitava-se a fornecer alguns de seus empregados para completar o exército, permanecendo em suas propriedades, cuidand de mantyer seus lucros e vivendo no conforto de suas fazendas.
Nas pequenas propriedades o trabalho continuava, já que poucos donos se apresentaram para integrar as milícias; suas mulheres passaram a acumular tarefas: nas rodas de fiar e nos teares domésticos trabalhavam semparara, fazendoroupas para os colonos, para que não precisassem importar os produtos ingleses.
Do lado dos legalistas - os que apoiavam a Coroa inglesa a situação não era diferente: os que aderiam buscavam a proteção do exército da Coroa, que vigiava suas fazendas o tempo todo; por outro lado, eles saqueavam e expulsavam da região os que não juravam fidelidade à Coroa. Contudo nem todos os legalistas conseguiam proteção do exército, especialmente aqueles cujas propriedades ficavam mais distantes das bases do exército britânico; assim, no decorrer da guerra, muitos deles tiveram que fugir para a Inglaterra ou o Canadá, abandonando suas fazendas.

Nessas terras abandonadas a produção era interrompida e os bens eram saqueados por grupos de assaltantes que,aproveitando-se da confusão da guerra, atuavam por todas as colônias onde havia luta. Porém não eram apenas os ladrôes que atacavam: na região da fronteira as pequenas propriedades também sofriam investidas de grupos indígenas. Expulsos daquelas terras havia algum tempo, eles voltavam para retomá-Ias, aproveitando-se da ausência dos homens  da fronteira que haviam aderido ao exército. As mulheres - que permaneciam administrando as fazendas - empunhavam as poucas armas que restavam, tentando resistir aos invasores; porém a grande maioria era assassinada e perdia seus bens.
Nas cidades, grande parte dos trabalhadores das manufaturas ou do comércio foi recrutada ou aderiu espontaneamente ao 'exército patriota'; muitos vagabundos e desempregados fizeram o mesmo, diante da promessa de que obteriam terras ou dinheiro. Enquanto isso, os tumultos e as agitaçôes de rua continuavam: as casas dos funcionários reais eram, numa frequência cada vez maior, atacadas e incendiadas,e seus moradores tinham o corpo recoberto com piche e penas.Apesar de toda a confusão causada pela guerra, não chegou a haver falta de alimentos, pois muitos dos comerciantes que não aderiram aos exércitos em luta aproveitando-se da guerra para realizar mais
livremente o contrabando, permitiram um afluxo regular de mercadorias para os dois lados. Os donos de manufaturas,por sua vez, pressionavam seus funcionários a aumentarem a produção, a fim de dar conta do aumento da demanda decorrente do boicote às importações da Inglaterra.
Enfim, a guerra de independência foi sentida de diferentes formas pelos colonos americanos. Enquanto os homens da fronteira e os trabalhadores urbanos se envolveram diretamente na luta, alistando-se no exército 'patriota', a maioria dos grandes e pequenos proprietários seguiu sua vida quase normalmente; comerciantes e donos de manufaturas chegaram a expandir suas atividades. Na realidade, a condição social anterior de cada um é que acabou definindo também sua situação no novo país que  se formava.
Fonte: Apostila do Colégio Arco - Íris Complexo Educaciocal (Belford Roxo)
Imagens: Idem Fonte

GUERRA PELA INDEPENDÊNCIA (EUA)

Após a declaração de independência, houve oito anos de guerra (1776-1783) entre soldados norte-americanos e ingleses (casacas vermelhas).

O comando das tropas da América foi atribuído a um rico fazendeiro do Sul, George Washington. A limitada experiência militar marcou sucessivas derrotas dos soldados norte-americanos, nos primeiros anos da guerra. Em 1781, tropas francesas uniram-se aos colonos, pois interessava aos franceses o enfraquecimento do poderio inglês, alterando definitivamente os rumos do conflito.


Em 1783, Londres assinou o Tratado de Versalhes, reconhecendo a independência das Treze Colônias. Nascia a primeira nação inspirada nos modelos iluministas de política e economia: os Estados Unidos da América do Norte. Isso serviria de exemplo maior de conquista política burguesa no Novo Mundo.

AS MUDANÇAS APÓS A GUERRA DO SETE ANOS

Dentre as medidas que extinguiram a política de liberdade dos colonos, destacaram-se: proibição do comércio colonial, fechamento de fábricas de tecidos e fundições de ferro, estabelecimento de novos impostos. Essas medidas foram adotadas sem consulta às assembleias coloniais, como era costume.
Em 1764 foi aprovada a Lei do Açúcar, que atendia aos interesses ingleses e prejudicava os americanos, pois taxava os produtos (açúcar e derivados) que não viessem das Antilhas Britânicas, obrigando os colonos a comprarem açúcar só dos ingleses.
Em 1765, o Parlamento britânico aprovou a Lei do Selo, que determinava a inserção de selo comprado dos ingleses em todos os documentos comerciais, jornais, livros, anúncios e até car tas de baralho que circulassem nas colônias. Os colonos reagiram em Nova York, decidiram boicotar produtos da Inglaterra, o que fez cair consideravelmente as exportações inglesas para as colônias americanas, levando alguns setores da própria metrópole a condenar as taxações. O governo chegou a suspender a Lei do Selo, mas criou novos impostos sobre papel, vidros, tintas, chumbo e chá (1767).
Uma manifestação pacífica contra essas medidas foi dissolvida a tiros por soldados britânicos, resultando em mortos e feridos. O Massacre de Boston (1770), como ficou conhecido o episódio, desencadeou a propaganda aberta pela independência.
As tentativas britânicas de aumentar o controle sobre as Treze Colônias e recolher mais impostos não cessaram. Em 1773, o governo metropolitano criou a Lei do Chá, que obrigava os colonos a adquirirem *Chá somente da metrópole; os colonos que revendiam chá ficaram proibidos de praticar essa atividade. Revoltados, colonos fantasiados de índios mohawks jogaram no mar trezentas caixas de chá tiradas dos porões de um navio ancorado no Porto de Boston, fato que entrou para a história dos Estados Unidos como a Festa do Chá em Boston (The Boston Tea Party).


A crise entre a colônia e a metrópole atingiu o auge. Se o Parlamento inglês cedesse, jamais recuperaria o controle da situação. A metrópole agiu energicamente e votou as Leis Intoleráveis (1774), que determinavam o fechamento do Porto de Boston, a obrigatoriedade de julgamento na Inglaterra para todos os funcionários ingleses que cometessem crimes durante as investigações, mais poderes ao governador de Massachusetts e o aquartelamento das tropas inglesas na cidade de Boston.
Os colonos não recuaram; começaram a armar-se e elaboraram um documento exigindo a revogação das Leis Intoleráveis, negada pelo governo britânico. Em 1775, reunidos em Filadélfia, os colonos organizaram um exército sob o comando de George Washington para lutar pela independência. No ano seguinte, no dia 4 de julho, no Segundo Congresso Continental da Filadélfia, os representantes das Treze Colônias assinaram a Declaração de Independência, redigida por Thomas Jefferson.

* O chá era produzido na Índia e arredores. Transportado em navios controlados pela Coroa inglesa, ficava muito mais fácil a cobrança de impostos. O Porto de Boston era um dos maiores centros comerciais da América e recebia a maioria dos navios
ingleses.

GUERRA DOS SETE ANOS


Entre 1756 e 1763, a França e Inglaterra entraram em conflito pela disputa da posse dos territórios da América do Norte. Tudo começou em 1754, quando os territórios ao oeste dos Montes Apalaches foram ocupados por colonos ingleses. A região era povoada  por indìgenas aliados aos franceses; o choque foi inevitável.
A vitória inglesa forçou a redefinição das fronteiras e a França foi  obrigada a entregar para a Inglaterra territórios na América e nas Antilhas.
O  custo desse conflito para os ingleses foi muito alto e o governo, para recuperar-se financeiramente,mudou sua política em relação às colônias norte americanas e coma aplicação de novas leis impôs o pacto colonial.